As Ruas
Reiniciei esta semana o Gabinete Popular. Ideia posta em prática no primeiro ano de mandato com o objetivo de conversar com os cidadãos, buscando interagir com a comunidade e também prestar contas do trabalho realizado. Nossa cidade com seus 44 km², parece pequena diante de tantas outras cidades com maior Km². Mas só parece, pois temos uma população bastante densa. Bairros populosos e muitas demandas a serem resolvidas. Ao retomar esta atividade vejo ao passar em cada bairro a importância de estar próximo e ouvir as pessoas. Convenço-me cada vez mais de como é bom estar nas ruas. É trabalhoso! Mas é necessário! As “ruas” esperam respostas de nós políticos. O Brasil tem uma experiência política paternalista, elitista e extremamente desigual e precisamos mudar esta realidade. As ruas estão gritando por políticas públicas que resolvam de fato as grandes mazelas sociais. É possível fazer diferente. Nesses encontros comunitários saber ouvir é um grande aprendizado.
O Medo das Ruas
Recebi esta semana no whatsApp um áudio de um amigo me perguntando se tinha fundamento o conteúdo daquele pronunciamento. Ouvi atentamente e ao final respondi a ele que ficasse tranquilo, pois aquele vídeo no meu entender tratava-se de uma manobra para colocar medo na população. Em síntese, o pronunciamento alarmista falava de um golpe militar em eminência. Para as pessoas estocarem alimentos, manter as famílias em casa, etc. Absurdo total! Esses áudios apócrifos tem o objetivo de colocar medo nos cidadãos. Querem calar o povo brasileiro. Esse golpe é velho! Ao invés de maquiarem o desgoverno que há em nosso país deveriam ir as ruas. Toda manifestação democraticamente construída é válida. É necessário punir os corruptos e corruptores que estão destruindo com o sonho de um país verdadeiramente democrático. Não vão calar a esperança de nosso povo. Sair às ruas agora é golpe... apregoam aqueles que sempre incentivaram e pediram para o povo não se calar. Contradição estarrecedora. Viva a democracia!
Cadê a Justiça?
Estamos vivendo um momento histórico marcada por uma onda de denúncias de desvio de dinheiro público nunca visto na história desse país. Este fato muito se deve pela fragilidade de nossas leis que não punem como deveriam punir. Há uma desfaçatez muito grande por figurinhas já marcadas, carimbadas que reincidem no desvio de dinheiro público. A sensação é de impunidade. Cadê o judiciário? É necessário ação exemplar de nossos juízes no sentido de colocar esses ladrões de colarinho branco na cadeia. O judiciário brasileiro precisa ser repensado. Enquanto houver impunidade haverá corruptos e corruptores desfilando nos corredores dos poderes. O judiciário tem ação pedagógica fundamental neste processo.
Caso Creche
Infelizmente a justiça ainda não foi feita com relação ao caso da dona de creche Baby Disney. Na semana passada, a juíza indeferiu o pedido de prisão preventiva pedido pela autoridade policial da 1ª Delegacia de Polícia de Cachoeirinha. Será que a juíza responsável pela decisão entendeu que o fato não é tão grave? Mais uma decisão emblemática! Enquanto isso a dona da creche, internada numa clínica para tratamento, alega questões de saúde e não se apresentou ainda para dar depoimento. Senhores juízes desçam até os terráqueos. Esta distância que separa aqueles que recebem apenas papéis, como neste caso, para proferirem decisões precisa ser repensada. Seria bom um estágio numa delegacia de polícia, num plantão do conselho tutelar ou num presídio, assim Meritíssimos Senhores Juízes ao menos suas decisões poderiam ser menos questionadas. A pergunta novamente é: Cadê a justiça?