Conferência da saúde
No sábado passado foi realizada nas dependências da Faculdade Cesuca a Conferência Municipal da Saúde. Estive lá no período da manhã para acompanhar e dar minha contribuição a esse importante evento que teve como objetivo discutir temas relevantes das políticas públicas para a saúde. A conferência é um espaço para reflexão, avaliação e apresentação de propostas que serão apresentadas pelos delegados eleitos na Conferência Estadual. A programação do evento contou com uma excelente apresentação de um painel com o auditor do Tribunal de Contas do Estado (TCE/RS), Sr. Gonçalino Mesko, que falou sobre a gestão e financiamento da saúde: “A iniquidade observada na distribuição dos recursos entre os entes federados, na perspectiva tripartite do financiamento da saúde pública, não é o mais indicado”, afirmou Mesko. A complexidade envolvendo a questão do financiamento da saúde foi por mim abordada no debate. Propus aos delegados que irão nos representar na Conferência Estadual que levem a discussão sobre a problemática do financiamento. Urge mudanças na legislação. Somente com a pressão da sociedade civil organizada teremos avanço, pois senão os municípios continuarão contando com as “migalhas” da União.
Olhos D’Água
Procuro nesse espaço fazer aquilo que o título desta coluna se propõe, ou seja, a partir dos fatos uma reflexão. Esta semana vi um documentário sobre um personagem de reconhecimento internacional, o consagrado fotógrafo Sebastião Salgado. Este cidadão juntamente com sua esposa Lélia Salgado resolveram reflorestar a fazenda de sua propriedade. O trabalho fantástico chama-se “olhos D’Água”. O projeto é considerado pela ONU como um dos 70 melhores do mundo de recuperação e conservação de recursos hídricos. Sebastião percebeu que o Rio Doce estava morrendo. Então reflorestaram a fazenda que precisou de 2 milhões de mudas nativas da Mata Atlântica, o que foi possível devido a parceria com o Instituto Terra. Com o reflorestamento as nascentes começaram a ressurgir. Um verdadeiro milagre. Hoje cerca de 1200 nascentes estão protegidas, mas a meta é a proteção das 370 mil nascentes que compõem a Bacia do Rio Doce. Um exemplo de cidadania e compromisso social. Enquanto uns só pensam no lucro destruindo a mãe natureza, outros demonstram na prática que é possível acreditar e sonhar com um mundo melhor.
É muito mi-mi-mi
Vou compartilhar com você, caro leitor, de algo que certamente não é somente comigo que acontece. Por ser uma figura pública, evidentemente, estou sujeito às críticas. Normal. O problema é o mi-mi-mi. Crítica é bom. Mi-mi-mi é péssimo. Analise como algumas pessoas fazem mi-mi-mi nas redes sociais. Você posta algo extremamente importante e vem alguém e desqualifica aquilo que você postou ou, pior, faz uma comparação com algo nada a ver. Na maioria das vezes esse mi-mi-mi é por falta de conhecimento ou má-fé. O mundo precisa de mais ação e menos mi-mi-mi!