Fatos & Reflexões - 31.08.2015

Juventude que faz a diferença

A cidade celebrou a semana da juventude, entre os dias 22 e 29 de agosto, reunindo jovens das diferentes tribos. Hoje não é mais possível falar em juventude, pois são muitas as juventudes, com diferentes desejos, necessidades, desafios, formações, realidades...
Segundo Regina Novaes, importante estudiosa da área, os jovens podem ser retratados como um espelho da sociedade.  Não são nem os mais revolucionários nem os mais conservadores, mas, em alguns aspectos, trazem novos debates para a sociedade.  A imagem que uma determinada sociedade tem de sua juventude revelaria, portanto, os valores, as utopias e as angústias mais profundas de si mesma. Mesmo com todas as lutas assumidas pelos jovens nas décadas passadas, sendo sinal de protagonismo e mudança no país, percebemos que hoje ainda estamos descobrindo o caminho. A força de uma cultura individualista retrai toda a ação conjunta que deve nascer do meio dos jovens.
Não vamos abrir mão de discutir as políticas públicas de juventude, possibilitando mais espaços de cultura, educação, esporte, cidadania, trabalho e lazer aos jovens de nosso País.

A arte que vem das ruas

Dentro os diversos movimentos artísticos ligados à juventude, o grafite tem se tornado um dos mais populares por ter como característica a sua ligação com as ruas. Essa arte vem dando vida aos muros e paredes, sendo um importante meio de transformação social. Introduzido no Brasil no final da década de 1970, hoje o estilo do grafite brasileiro é reconhecido entre os melhores de todo o mundo.

Arte X Vandalismo

É preciso se fazer uma diferenciação da arte do grafite desempenhada com qualidade artística e da pichação que não passa de poluição visual e vandalismo. A pichação é caracterizada pelo ato de escrever em muros, edifícios, monumentos e vias públicas.
Apresentei nesta semana projeto de Lei que busca conscientizar e educar os jovens e a sociedade sobre a pichação que é o vandalismo gratuito ao patrimônio público e privado. Na maioria das vezes, nem o argumento da liberdade de expressão a justifica, pois “a mensagem” não é sequer decifrada pela população. Além de seus aspectos negativos na paisagem e no ambiente urbano, do qual a sociedade está cansada. Muitos não sabem, mas a Lei dos Crimes Ambientais (9.605/98) prevê sanções à pichação, com pena de detenção e multa, e a norma atual também não é eficaz em relação ao bem jurídico protegido.
Esta lei é importante para torna-se um elemento de combate ao vandalismo perpetrado por uma cultura urbana de desrespeito à coisa pública e particular. Por meio desta lei haverá a reparação do dano causado ao patrimônio e o infrator será responsável pela sua recuperação.